terça-feira, 25 de julho de 2017

Uma vista do antigo convento de Boim na década de 1950

Construído para ser a sede do Comissariado Franciscano que trabalhava no Rio Tapajós desde o ano de 1943, o convento franciscano da Vila de Boim dominava a paisagem da Vila nos anos 1950, conforme podemos ver neste registro fotográfico, onde alguns dos frades caminham, de costas, pela praia, em direção ao icônico prédio.



A Avenida Borges Leal, logo após receber o asfalto, em 1977

Obra realizada na gestão do prefeito Paulo Lisboa, a conclusão das obras de pavimentação asfáltica de quatro quilômetros da Avenida Borges Leal foi registrada nesta fotografia de 1977.



Momento Poético: A força da fé

Por Daniel Rebouças Albuquerque

Wilmar, tu és o exemplo
Da santa fé ante a dor,
Da paciência que vence
As grandes lutas com amor.

A tua luta foi grande
O teu sofrer foi demais,
Com a tua fé em Maria
Deixaste a dor para trás.

Uma visão do Arraial de Santa Ana, em Óbidos, nos anos 1940

Registro fotográfico de uma barraca do Arraial de Santa Ana, em Óbidos, nos idos dos anos 1940. A “Barraca Ideal” arrecadava fundos em benefício da Matriz, principalmente na construção das torres, projetadas por Frei Rogério Voges, que aparece na foto. Um outro destaque é que um senhor que segura uma edição do jornal FOLHA DE ÓBIDOS daqueles tempos.


Andor com a imagem de Santa Ana, em Óbidos, Pará, nos anos 1950

Uma das tradições obidenses na época da Festividade é a criatividade utilizada na ornamentação do andor que conduz a imagem da padroeira Santa Ana pelas ruas da cidade. Esta foto da década de 1950 ilustra o bom gosto no uso das flores naturais na ornamentação.


domingo, 23 de julho de 2017

Uma vista da orla de Santarém na década de 1960

Um dia de muito movimento no “Trapiche Municipal” em um dia da década de 1960, com diversas embarcações atracadas onde hoje se encontra a Praça do Pescador, que só seria construída anos mais tarde. Ao fundo, o antigo “Morro da Fortaleza”, com a Escola Frei Ambrósio, completa a paisagem. Foto ICBS.


Sobre o primeiro envio de madeira de Fordlândia para os Estados Unidos – 1932



A propósito do primeiro carregamento de madeiras e outros produtos das florestas brasileiras, recebido pelo senhor Henry Ford, procedente das suas plantações na região tapajônica, o sr. Sebastião Sampaio, cônsul geral do Brasil em Nova York, concedeu à imprensa da fantástica metrópole a entrevista que transcrevemos abaixo, dizendo do lisonjeiro futuro que a iniciativa do famoso milionário promete ao nosso país.
Diz a entrevista:

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Uma lembrança do Programa Papo Informal, da Rádio Rural – 1978

Em comemoração dos 10 anos do programa “Papo Informal”, transmitido pela Rádio Rural de Santarém, desde 1968, foi impressa a presente lembrança que foi distribuída aos ouvintes da rádio. Na lembrança, além do radialista Edinaldo Mota, que comandava o microfone, também aparecem alguns funcionários da Rádio Rural daquela época, tais sejam: Regina Lúcia (secretária), Lady Mary (discotecária), Lord Edgard (sonoplastia), Almir Calderaro (sonoplastia) e Monsieur Cledevá (sonoplastia).


O Círio Fluvial de Santa Ana, em Óbidos, na década de 1950

Puxado pelo barco a motor São Pedro (propriedade do saudoso meu tio avô “Vivico”) e acompanhado de diversos batelões, esta fotografia da década de 1950, é um dos antigos registros do Círio Fluvial de Santa Ana, padroeira da cidade de Óbidos, um dos mais tradicionais círios fluviais do Oeste Paraense.


Memória da Propaganda: Sobre fuga de escravo para o Tapará – 1870



Registro sobre a fuga de um escravo pertencente à Victoriana Maria Pereira, que supunha-se ter fugido, no mês de julho de 1870, para algum lugar na região do Tapará, município de Santarém.


Orla de Santarém em uma cheia dos anos 1960

No tempo em que ainda não existia a Avenida Tapajós, na época da enchente, o rio Tapajós levava suas águas até as portas de algumas casas comerciais que ficavam na orla da cidade de Santarém, como a Casa Vitória e a Casa Boa Esperança, vistas nesta foto da década de 1960. Acervo ICBS.


Uma descrição da cidade de Óbidos no ano de 1920


À margem do rio Amazonas – o rio oceano – se debruça, altaneira, graciosa, elevada nas suas colinas: tendo como sentinela vigilante a Serra da Escama, onde se acha colocada a Fortaleza General Gurjão, divisa-se a cidade de Óbidos, cujas praias são acariciadas pelas ondas mansas do rio mar.
Bem longe dos centros populosos esta terra aninha no seu solo ubérrimo um povo laborioso, cheio de coragem, lutando sempre com as raivosas enchentes do grande rio, que não perdoa, que não teme, que não se humilha.
E assim passa ele, levando, como disso o poeta: “toda legião fantástica do horror”.

Sobre o serviço de energia elétrica em Santarém – 1948


Depois do lamentável colapso do serviço de luz e força desta cidade, verificado em fins de maio último, com um “black out” de mais de uma semana, aliás por nós há muito previsto em vários artigos deste jornal, o sr. Vice-prefeito em exercício, num esforço digno de menção, procurou remediar a situação, designando pessoas competentes para, sob a orientação do sr. Gerente daquele departamento público, reformar ali o que fosse necessário, substituindo as peças inutilizadas pelo incidente.
Também foram adotadas algumas medidas acauteladoras contra os que usam e abusam do consumo de energia. E o resultado destas diligências não se fez esperar. A luz melhorou consideravelmente. A iluminação que se não obtinha com uma lâmpada de 60 velas por 120 volts, agora é superada por uma de 15 velas por 220 volts.

Uma carta de Abel Chermont sobre a Revolta em Óbidos – 1932


Óbidos, 30 de agosto de 1932
Ao chefe de Polícia do Estado do Pará.
É profundamente desolador e revoltante o que se passou aqui. Um aventureiro, cujo nome procurou sempre esconder, ora assinando Alberto Oliveira, ora Pompa, mistificando sargentos e soldados do 4º Grupo, conseguiu arrastá-los à rebelião contra os oficiais, dos quais, para honra do exército, nenhum aderiu ao movimento, que se dizia ter o apoio do general Klinger e de São Paulo, intitulando-se Pompa emissário de Klinger. Desencadeado o movimento, a cidade foi tomada pelos saqueadores. Havia uma só preocupação: requisitar das melhores casas os melhores gêneros. Requisitou-se tudo, que era dividido ali mesmo no balcão da vítima saqueada. Há requisições à mão armada deste gênero:

Sobre o mais famoso vinho de caju de Santarém – 1859

Inumeráveis cajueiros vegetam e frutificam nos campos e florestas dos subúrbios desta cidade de Santarém. Produzem anualmente copiosos frutos dos quais o povo escolhe sempre os mais doces para chupar o suco, isto sem utilidade alguma para a indústria.
Do ano de 1854 a esta parte, o gênio curioso e altamente empreendedor do sr. Joaquim Honório da Silva Rebello, conhecendo que, do sumo desta fruta, algum proveito de maior interesse poderia tirar-se, deu-se ao improbo trabalho de examinar suas qualidades naturais em ordem a reconhecer qual o melhor uso que a indústria poderia fazer dele em utilidade comum. Depois de repetidos ensaios e acuradas experiências conseguiu, enfim, obter um delicioso vinho, preparado por um processo inteiramente de sua invenção, e bem assim outras muitas bebidas.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Saudades das festas de São João de 1933

Por entre o inebriante perfume das ervas e raízes passou o São João de 1933, deixando um rastilho de saudades e criando uma legião de esperanças!
Os banhos da felicidade que eram o “pivor” da alegre temporada dos bichos e bumbás, vão como estes, perdendo a influência, com tendências a desaparecerem.

Trecho da Travessa 15 de Novembro em época de cheia dos rios

Uma vista da Santarém em idos da década de 1960, em período de cheia, quando a água chegava a invadir parte da Travessa 15 de Novembro, quando ainda não existia a Avenida Tapajós. Acervo ICBS.


Rua do Comércio santareno na década de 1970

Trecho da antiga Rua João Pessoa (atual Lameira Bitencourt) com as tradicionais casas do comércio santareno, trecho localizado entre a Travessa 15 de Novembro e rua Adriano Pimentel. Acervo ICBS.


terça-feira, 18 de julho de 2017

Uma vista da Praça do Centenário, no Bairro da Aldeia

Esta fotografia da década de 1960 mostra a Praça do Centenário, no Bairro da Aldeia. Fotografia tirada a partir da torre da Igreja de São Raimundo Nonato. Acervo do IBGE.


Altar da Igreja Matriz de Boim na década de 1960

Vista interna da Igreja Matriz de Santo Inácio de Loyola, na vila de Boim, depois que o antigo altar, em madeira, foi substituído, após uma reforma, pelo aspecto que podemos ver nesta fotografia da década de 1960.




segunda-feira, 17 de julho de 2017

ARTIGO: No coração da selva paraense, Dom Tiago é um exemplo vivo do espírito missionário da Igreja

Por Gleen D. Kittler

O Bispo acabava de celebrar a missa, eram 4 e meia da manhã, e em seguida, como fazia cada madrugada, descia até o rio para benzer o barco dos pescadores. Um dos homens olhou para a correnteza e disse: “Obrigado por benzer meu bote, Dom Tiago. Sinto-me sempre mais seguro quando penso que sua benção pode salvar a minha vida”.

O Bispo sorriu. “Sua pescaria pode salvar a minha”, disse. “Procure apanhar alguma coisa hoje, sabe? Para a gente ter o que comer”.
Fitou o homem a face do Prelado um instante retribuindo o sorriso. “Está bem, seu Bispo, vou tentar”, disse, “mas se não pescar muita coisa sempre posso contar com um milagre seu”.
“Milagre já é você não afundar nessa casca de noz”, retruca o Bispo. 

Um aspecto da Rua João Pessoa na década de 1960

A antiga “Rua do Comércio” (e hoje atual Lameira Bitencourt) já teve um aspecto bem calmo e tranquilo em tempos idos, conforme podemos ver nesta fotografia onde a Farmácia do Povo domina a perspectiva.


O Banco da Borracha, em Santarém – 1948

É francamente auspiciosa a notícia que vamos transmitir aos nossos leitores. O Banco da Borracha, dentro de breves dias, começará a operar nesta praça, já estando a instalação de sua Filial, que funcionará à Rua Siqueira Campos, esquina com a Travessa 15 de Agosto, iniciada, sendo de prever que, pela primeira dezena de julho vindouro, tal aconteça.

A Abertura da Estrada de Aramanai a Santarém – 1933

Compreendendo os problemas máximos de Santarém – viação e água – e não tendo recursos suficientes para solucionar a ambos, conjuntamente, o sr. Cap. Ildefonso Almeida, D.D. Prefeito Municipal, está curando de dotar este município, o mais possível, de boas estradas de rodagem, que liguem esta cidade às colônias.

domingo, 16 de julho de 2017

A situação militar em Óbidos no ano de 1914


A Fortaleza de Óbidos
Nesta fortaleza tem sua parada o 4º batalhão de artilharia.
O Quartel do 4º Batalhão
O quartel deste corpo está situado em lugar elevado e tem à sua frente uma grande praça para seus exercícios, achando-se já alojado, apesar de ainda não estar concluído.
Na parte construída acham-se instalados: o gabinete do comando, a secretaria, a casa da ordem, a intendência, as baterias e respectivas reservas, o rancho, a arrecadação de gêneros, a cozinha e o gasômetro.

sábado, 15 de julho de 2017

Momento Poético: Modinha para violão (1867)

De Juiz uma vara me deram,
Para poder este povo mandar,
De Juiz em cartuxo tornei-me
Para livre poder cartuxar.

Pirulito que bate que bate
Pirulito que já bateu,
O Cartuxo lambe os beiços
Das Ovas que já comeu.

O Festival do dia 06 de julho de 1931

Constituindo uma nota de alta solidariedade, realizou-se no dia 06 de julho corrente o festival artístico que o bloco do Gavião Malvado ofereceu a sua exa. o sr. Prefeito Municipal, em regozijo pela sua volta a esta terra a quem tem dado o melhor dos seus esforços.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Marechal Cândido Rondon e os indígenas Pianocotos, no rio Cuminá

Em sua viagem pelo rio Cuminá, em fins da década de 1920, no município de Oriximiná, o marechal Cândido Rondon se encontrou com diversos grupos de indígenas, entre os quais os Pianocotos, registrado nesta fotografia.


A Festa de Inauguração do “Club dos Vinte e Um” no Theatro Victoria – 1931

Constituiu, sem dúvida, um acontecimento que ficará anotado em capítulo especial nos anais da vida social de Santarém, a festa levada a efeito sábado último, 11 do corrente, no Theatro Victoria, pelo “Club dos Vinte e Um”.
Desde muito cedo começou a nossa casa de espetáculos, que apresentava artística ornamentação, a encher-se dos mais representativos elementos de nossa alta sociedade.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Julho na História do Baixo Amazonas e Tapajós


01 – Circula em Santarém o primeiro número do jornal O BAIXO AMAZONAS. Iniciando sua vida como Órgão do Partido Conservador, foi um dos jornais de vida mais longa no século XIX (1872).
02 – Carta Régia dirigida ao Governador do Maranhão e Grão-Pará, mandando que se faça advertência ao Ouvidor do Pará, Antônio da Costa Coelho, pelo inconveniente desrespeito e insultos proferidos contra o jesuíta Padre Manuel Rebello, Missionário da Aldeia dos Tapajós, quando o mesmo Ouvidor esteve na dita Aldeia fazendo a devassa da morte do Padre Antônio Gomes (1706).
03 – É oficialmente instalada a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Vila (?) de Santarém. Neste dia toma posse seu primeiro pároco, o padre Francisco Xavier Eleutério (1757).
04 – O Presidente da Província do Grão-Pará, Soares d’Andrea, nomeia o tenente coronel Joaquim José Luiz de Sousa, como Comandante da Expedição do Baixo Amazonas. Ele deve ser reconhecido como “Primeira Autoridade” em toda a região do Alto e Baixo Amazonas, submetendo, assim, o poder das Câmaras Municipais ao do dito tenente coronel (1837).
05 – O Papa São Pio X concede os seguintes títulos: o de “Cavaleiro da Ordem Eqüestre de São Silvestre Papa” ao senhor Manoel Valentim de Oliveira Paz e o de “Cavaleiro Comendador da Ordem de São Silvestre Papa” ao senhor José Joaquim de Moraes Sarmento. Os agraciados eram santarenos quem muito ajudaram Dom Amando Bahlmann no trabalho pastoral em Santarém (1910).
06 – Por meio da Lei Estadual Nº 324 a Vila (e Comarca) de Faro (antiga aldeia dos índios Uaboys ou Jamundás) passa a ser sede de Munícipio, com território desmembrado do Município de Óbidos (1895).
07 – A pedido de Dom Amando Bahlmann, o Papa São Pio X autoriza a criação de uma Congregação Religiosa Feminina em Santarém. Com esta permissão, Dom Amando irá fundar a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, carinhosamente conhecidas em Santarém como as Irmãs do Santa Clara (1910).
08 – Após sua sagração episcopal, chega a Santarém, proveniente dos Estados Unidos, o Bispo Dom Tiago Ryan, quinto Prelado de Santarém. Foi recepcionado pelo povo, autoridades e religiosos na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, onde tomou posse no dia seguinte (1958).
09 – Após passar por uma total reforma, é reinaugurado, pelo Intendente Alexandre Rodrigues de Souza o Trapiche da cidade de Óbidos. A obra foi executada pelo governador do Estado do Pará, João Antônio Luiz Coelho, e custou 95:625$910 (noventa e cinco contos, seiscentos e vinte cinco mil, novecentos e dez réis). Neste mesmo dia, no paço municipal, é introduzido solenemente o retrato do Governador no salão nobre da Intendência (1911).
10 – Início da construção do “Hipódromo do Jóquei Clube” (sim, Santarém já teve hipódromo e também Jóquei Clube). A pista possuía 700 metros de comprimento (duas retas de 100 metros e curvas de 250 metros) por 20 metros de largura. Pelo lado interior havia o pavilhão dos juízes e pelo lado externo uma arquibancada construída para cerca de 300 pessoas (1912).
11 – Por meio de uma portaria do Governo Estadual, a Comarca de Óbidos é dividida em dois “distritos judiciários”, um na sede da Comarca e outro na Vila de Faro. Mera medida provisória, pois em menos de 20 dias a Vila de Faro seria elevada à categoria de Comarca, independente, portanto, da jurisdição de Óbidos (1892).
12 – Falece em Chicago, EUA, o Bispo Emérito de Santarém, Dom Tiago Ryan. Alguns meses antes ele havia sido diagnosticado com um câncer no intestino. Nascido em 1912, veio para Santarém em 1943. Nomeado Bispo Prelado em 1958 e eleito primeiro Bispo Diocesano em 1979, função que exerceu até se aposentar em 1985. Pessoa marcante na história de nossa região, demonstrando sempre o profundo amor por estas terras tapajônicas (2002).
13 – Inauguração do Hospital São José. Idealizado por Dom Amando Bahlmann e construído por Frei Rogério Voges. Assim se expressa um cronista da época: “Grande número de santarenos assistiram a primeira Missa na Capela do Hospital, celebrada por sua Excelência, o Revmo. Prelado. Este estabelecimento de caridade, mantido pela Prelatura, irá preencher uma grade lacuna, pois a população em caso de enfermidade, não tinha onde procurar saúde” (1930).
14 – Através do Decreto Nº 7.125 é criada a Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) em Santarém, origem do hoje 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM). A instalação oficial da referida Companhia se deu a 24 de julho do mesmo ano (1970).
15 – O padre Antônio Manoel Sanches de Brito escreve um dos relatos existentes sobre a tomada do ponto cabano de Ecuipiranga pelas tropas do governo legalista do Grão-Pará (1837).
16 – Quatro especialistas americanos em hidrologia do U. S. Geological Survey – os doutores Frank C. Ames, Roy E. Ottman, Luther C. Davis e George R. Staeppler, com a cooperação do dr. Alfredo J. Bondonlos, chefe da Divisão de Geologia da Agência Internacional de Desenvolvimento dos Estados Unidos, no Brasil, realizam em Óbidos, PA, estudos sobre a vazão do rio Amazonas, registrando o seguinte: - por minuto: 12.960.000 metros cúbicos; - por hora: 777.600.000 metros cúbicos; - por dia: 18.662.400.000 metros cúbicos. Se toda a população atual do Brasil necessitasse da água do rio Amazonas para seu uso, tocariam 266 metros cúbicos por dia para cada pessoa (1963).
17 – A Assembleia Geral Legislativa da Capital do Império decide criar uma cadeira de língua latina na Vila de Santarém, estipulando o ordenado do referido mestre em 400$000 réis (1830).
18 – Falece em Santarém o Coronel Dr. Adriano Xavier de Oliveira Pimentel. Engenheiro Militar, serviu ao exército brasileiro na Guerra das Rosas, na Revolução Castilista (Rio Grande do Sul) e na Guerra do Paraguai. Era também jornalista e foi Deputado Federal pelo Estado do Amazonas (1907).
19 – Com a presença de Frei Francisco Goedde é inaugurado o Asilo São Vicente de Paulo, mantido pela Confraria de São Vicente de Paulo, os Vicentinos. A casa continua a funcionar nos dias de hoje, já sob os cuidados da Diocese de Santarém (1947).
20 – Após a celebração da santa missa, no elevado da praça da Catedral, é sepultado, dentro da Catedral, o corpo de Dom Tiago Ryan. A urna com seu corpo havia chegado a Santarém no dia anterior, sendo velado na Catedral, que em nenhum momento ficou vazia haja vista tantas homenagens da parte do povo da Diocese. As exéquias foram presididas por Dom Lino, contando com a presença de Dom Martinho (Bispo de Óbidos), Dom Capistrano (Bispo de Itaituba) e do clero da Diocese (2002).
21 – Circula em Santarém o primeiro número do jornal CIDADE DE SANTARÉM. Era órgão do Partido Republicano ligado ao lado “Turianista” (membros “liberais” do Partido). Entre os que escreviam o dito Jornal, destacamos: Doutor Sousa Portugal, Doutor Turiano Meira e Doutor Antônio Bastos. Era este jornal oposição ao “O BAIXO AMAZONAS” que era mantido pela ala “conservadora” do mesmo Partido Republicano (1894).
22 – Chega à Santarém um “Grupo de Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina, com o objetivo de instalar um Campus Universitário na cidade de Santarém (1971).
23 – Nasce, em Alenquer, Fulgêncio Firmino Simões. Formado em Direito pela Faculdade de Recife, foi na política que ele mais se destacou. Ligado ao Partido Conservador liderado pelo cônego Siqueira Mendes, Fulgêncio Simões elegeu-se várias vezes deputado e senador provincial. De 1887 a 1888 foi presidente da Província de Goiás, cargo que deixou para ser presidente da Câmara Municipal de sua terra natal, posto no qual se encontrava quando foi proclamada a República e no qual foi mantido pelo novo regime, tornando-se o primeiro “intendente” de Alenquer (1856).
24 – Após passar por uma reforma geral, é reinaugurada a Capela do Cemitério de Nossa Senhora dos Mártires, obra realizada pelo prefeito Everaldo de Souza Martins (1971).
25 – Início da construção da atual Capela do “Bom Jesus”, em Óbidos. Segundo o relatório de Ferreira Penna, publicado em 1869, a dita capela: “Não está acabada e não tarda a desabar. Chegou quase a concluir-se, tendo sido feita à custa de uma subscrição dos moradores no ano de 1855 em cumprimento de promessa que fizera o povo 20 anos antes por ocasião da devastação dos cabanos. Informaram-me que já esteve coberta, mas que tiraram-lhe toda a telha e madeirame que foi aplicada em proveito particular” (1855).
26 – Deixa a cidade de Óbidos e retorna a Manaus o ator Lima Penante, encerrando uma turnê de três semanas de diversas apresentações teatrais no Teatro Bom Jesus. Durante esta turnê o ator teve uma série de desentendimentos com o pároco local, padre Nicolino José Rodrigues de Souza, que era contrário ao estado maçônico do citado ator teatral (1877).
27 – O padre José Maria da Costa Lago, natural da cidade de Óbidos, é nomeado Cônego do Cabido Metropolitano de Belém (1936).
28 – A Secretaria de Obras do Município de Santarém, durante o governo de Everaldo Martins, entrega para a população uma nova ponte sobre o Igarapé do Irurá (1971).
29 – Há 100 anos... Os Frades Menores deixam a residência na Cúria Prelatícia e se instalam em seu novo Convento. Até então, os franciscanos que haviam chegado a Santarém, desde 1907, moravam juntamente com o Bispo Prelado, Dom Amando, dividindo o espaço existente na atual Cúria Diocesana (1917).
30 – Morre no Presídio São José, em Belém, o Capitão Vicente Manuel Machado, mandante do assassinato do Padre Amândio Pantoja, que aconteceu na paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Almeirim. Padre Amândio chegou a ser considerado pelo autor de “Vultos Notáveis do Pará”, Ricardo Borges, como o “primeiro Santo Paraense” (1863).

31 – A Empresa Telefônica de Santarém Limitada, emite edital avisando seus acionistas de sua fusão a Companhia de Telecomunicações do Pará – CONTELPA, ao mesmo tempo convocando os mesmos acionistas para comparecer no Escritório da Telefônica de Santarém para conhecer melhor as condições da referida transação (1971).